terça-feira, 2 de março de 2010

Quando a noite chega e o luar aconchega-se no olhar,
tomba a sombra sobre nós...melancolia...

Sentimos as raízes a dançar
por baixo da terra que pisamos...
Mastigamos o vento, que nos pede refugio.
Confessamos às estrelas a nossa verdadeira essência,
entregando à coruja o nosso grito,
para que esta nos liberte da alma adormecida...

Sentimos os sonhos dos outros,
os pesadelos, as angustias, as fantasias...
Sentimo-las como nossas...
Vivendo várias vidas, várias dores e alegrias...
Somos diferentes...

Trazemos a solidão tatuada na pele,
percorremos os caminhos da vida
fazendo felizes os que nos rodeiam.
O abraço, a palavra é o elo com o mundo.

Mas a paixão... o amor escondido...
Aquele que nos faz sentir a nossa verdadeira existência.
Aquele que nos dá a vida, o ar que respiramos...
.... todos os dias... todos os momentos...
Atira-nos à felicidade da felicidade... ao abismo do abismo...

As nossas mãos que escrevem com sangue louco
a dor da distância... o querer da voz apenas num centímetro.
Rasgam folhas de ironia da nossa própria vida,
dos nossos próprios desejos...

Somos diferentes porque é a diferença que nos move nesta vida.

Um comentário:

  1. Hum, bonita poesia realmente as diferenças devem ser respeitadas , viver é isso e sentir cada momento da vida e aprovetar cada min usculo detalhe!

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